A imagem ficou resgistrada ali. Despretenciosa. Meu pai segurando meu sobrinho. Os dois sorriem para a câmera. A foto deve ter uns 12 anos e pode ter sido tirada num domingo qualquer. Um registro simples, sem nenhuma segunda intenção. Mas aquela foto me atrai e me doí inteira, na mesma proporção. Me faz tremer de saudades. Uma imagem que está guardada na minha alma, e fará parte daqueles meus prováveis minutos finais. Um segundo que fez a vida ter todo o sentido. Estou aprendendo a olhar para ela, aprendendo com o que vejo e sinto. E quanto mais eu amo, mais medo tenho de olhar.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
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