A
alegria é cansativa. Essa doce ilusão em busca de algo utópico neste planeta.
Queria mesmo achar alguma graça e entender toda essa empolgação. Gostaria de
pensar menos. De não pensar em nada que me custa a alma. É isso. Essa vida, me
custa alma. E sinto a dor. Andando nas ruas sinto a dor anônima, repentina e
fulminante. E também aquela dor diária, arrastada diante dos fatos que nos
deixam atônitas e imóveis e onde a única reação possível é não fazer nada, a
não ser aceitar. E essa é uma grande lição de humildade, a aceitação. E deve
ser por ter mergulhado assim, desse jeito por esse outro lado do universo, que
o que eu enxergo me dói.
sexta-feira, 16 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Prato do dia: sapo a provençal
Apesar de não ser um prato nem um pouco apreciado, o sapo faz parte do nosso cardápio. Quando crianças costumamos ser poupados dessa iguaria. É que além de insuportavelmente indigestos, em nossa tenra infância não temos muita consciência do que comemos, então se por acaso tivemos que engolir algum sapinho, raramente lembramos. O problema é que com o passar do tempo, os sapos aumentam em tamanho e porção. Sim, as porções de sapos podem ser bem generosas, fartas, inversamente proporcionais ao tamanho do seu apetite por eles. E o problema maior com o nosso organismo em absorvê-los é o fato de serem servidos e desgustados inteiros. Sim, ninguém vai aqui querer picar um sapo em pedacinhos ou triturá-lo no liquidificador. Também não adianta encher de catchup, mostarda ou maionese pra disfarçar o sabor. Não se engole um sapo assim. E apesar de ser um prato simplista e pouco apreciado, não conheço ninguém que não o tenha experimentando. Ainda bem que pelo menos não é recomendado em nenhum tipo de dieta, mesmo com a abundância da oferta. Na iminência de ter que experimentá-lo, sem ter outra opção, algumas mulheres ainda fazem uma última tentativa desesperada e o beijam. Infelizmente, parece que isso só deu certo com uma única mulher, e ela era uma princesa. Mas essa é uma outra história.
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