terça-feira, 19 de março de 2013

When You are Old, William Butler Yeats. b. 1865

WHEN you are old and gray and full of sleep 
  And nodding by the fire, take down this book, 
  And slowly read, and dream of the soft look 
Your eyes had once, and of their shadows deep; 
 
How many loved your moments of glad grace,         5
  And loved your beauty with love false or true; 
  But one man loved the pilgrim soul in you, 
And loved the sorrows of your changing face. 
 
And bending down beside the glowing bars, 
  Murmur, a little sadly, how love fled  10
  And paced upon the mountains overhead, 
And hid his face amid a crowd of stars.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

“ A Pilar que ainda não tinha nascido e tanto tardou a chegar. ” José Saramago.


Por onde andaste toda a minha vida? Perdido em algum árido deserto algures na minha memória, perdido em algum oceano distante nos confins do meu coração, perdido ao vento e á chuva que assombraram a minha alma sem ti.
Onde estiveste? Preso em algum sonho surreal, seguro pela corda do amor mas tão distante quanto o brilho do teu olhar perdido...
Onde estiveste? Que paisagens contemplaste, que sabedoria acumulaste até chegares a mim, até me tornares rainha, de coroa enfeitada por rosas na primavera.
Que amarguras, paixão, te fizeram chorar, que alegrias te fizeram rejubilar, que desassossegos te fizeram caminhar até mim?
Quantas voltas teve o mundo que dar, quantos Invernos tiveram que passar, quantas estrelas nasceram e morreram, quantas luas cheias iluminaram e banharam a tua face morena, até seres meu? Demoraste? Porquê ? Que caminhos desbravaste por entre a selva do desejo e da vulgaridade até chegares aqui? Que medos abandonaste á deriva do teu ser?
Chegaste.
Tardaste.

És simplesmente a outra face da moeda onde eu eternamente habito.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dedicatória de Baudelaire em Paraísos Artificiais










À J.G.F.

Minha cara amiga,
O bom senso nos diz que as coisas da terra não existem inteiramente e que a verdadeira realidade só é encontrada nos sonhos. Para digerir a felicidade natural, como a artificial, é preciso, antes de tudo, ter a coragem de engoli-la e os que talvez merecessem a felicidade são justamente aqueles a quem a felicidade, tal como a concebem os mortais, sempre teve o efeito de um vomitivo.
Aos de espírito néscio parecerá estranho, e mesmo impertinente, que um quadro de volúpias seja dedicado a uma mulher, a mais comum das fontes das mais naturais volúpias. Entretanto, é evidente que, como o mundo natural penetra no espiritual, serve-lhe de alento, e concorre, desta forma, a operar esta amálgama indefinível que chamamos de nossa individualidade, a mulher é o ser que projeta a mais negra sombra ou a mais clara luz em nossos sonhos. A mulher é fatalmente sugestiva: ela vive uma outra vida que não a sua; ela vive espiritualmente nas imaginações que ela própria povoa e fecunda.
Importa muito pouco, além disso, que seja compreendido o motivo desta dedicatória. É realmente necessário, para o contentamento do autor, que um livro seja compreendido, exceto por aquele ou aquela para quem ele foi composto? Afinal de contas, é indispensável que haja sido escrito por alguém. Quanto a mim, tenho tão pouco gosto pelo mundo vivo que, semelhante às mulheres sensíveis e ociosas que enviam, comenta-se, pelo correio, suas confidências a amigos imaginários, com prazer escrevia para os mortos.
Mas não é a uma morta que dedico este pequeno livro; é a uma que, embora doente, está sempre ativa e viva em mim e que agora volta todos os seus olhares ao Céu, este local de todas as transformações. Pois, tanto quanto de uma droga perigosa, o ser humano goza do privilégio de poder tirar novos e sutis prazeres da dor, da catástrofe e da fatalidade.
Você verá neste quadro um caminhante sombrio e solitário, imerso na corrente das multidões,que remete seu coração e seu pensamento a uma Electra longínqua que há algum tempo enxugava sua fronte banhada de suor e refrescava seus lábios percorridos pela febre; e você perceberá a gratidão de um Orestes cujos pesadelos você sempre velou e de quem dissipou, com mão leve e maternal, o sono aterrorizador.

terça-feira, 19 de junho de 2012

My Name



Why don't you ask me
How long i've been waiting
Set down on the road
With the gunshots exploding
I'm waiting for you
In the gloom and the blazing
I'm waiting for you
I sing like a slave i know
I should know better
I've learned all my lessons
Right down to the letter
And still i go on like this
Year after year
Waiting for miracles
And shaking with fear

Why don't you answer
Why don't you come save me
Show me how to use
All these things
That you gave me
Turn me inside out
So my bones can save me
Turn me inside out

You've come this close
You can come even closer
The gunshots get louder
And the world spins faster
And things just get further
And further apart
The head from the hands
And the hands from the heart

One thing that's true
Is the way that i love him
The earth down below
And the sky up above him
And still i go on like this
Day after day
Still i go on like this

Now i've said this
I already feel stronger
I can't keep waiting for you
Any longer
I need you now
Not someday
When i'm ready
Come down on the road
Come down on the road

My name my name
Nothing is the same
I won't go back
The way i came

sexta-feira, 16 de março de 2012

Blur



A alegria é cansativa. Essa doce ilusão em busca de algo utópico neste planeta. Queria mesmo achar alguma graça e entender toda essa empolgação. Gostaria de pensar menos. De não pensar em nada que me custa a alma. É isso. Essa vida, me custa alma. E sinto a dor. Andando nas ruas sinto a dor anônima, repentina e fulminante. E também aquela dor diária, arrastada diante dos fatos que nos deixam atônitas e imóveis e onde a única reação possível é não fazer nada, a não ser aceitar. E essa é uma grande lição de humildade, a aceitação. E deve ser por ter mergulhado assim, desse jeito por esse outro lado do universo, que o que eu enxergo me dói.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Aqui bate um coração.

https://www.facebook.com/aquibateumcoracao

sexta-feira, 2 de março de 2012

The angels had been watching and wrote our story.


Prato do dia: sapo a provençal












Apesar de não ser um prato nem um pouco apreciado, o sapo faz parte do nosso cardápio. Quando crianças costumamos ser poupados dessa iguaria.  É que além de insuportavelmente indigestos, em nossa tenra infância não temos muita consciência do que comemos, então se por acaso tivemos que engolir algum sapinho, raramente lembramos. O problema é que com o passar do tempo, os sapos aumentam em tamanho e porção. Sim, as porções de sapos podem ser bem generosas, fartas, inversamente proporcionais ao tamanho do seu apetite por eles. E o problema maior com o nosso organismo em absorvê-los é o fato de serem servidos e desgustados inteiros. Sim, ninguém vai aqui querer picar um sapo em pedacinhos ou triturá-lo no liquidificador. Também não adianta encher de catchup, mostarda ou maionese pra disfarçar o sabor. Não se engole um sapo assim. E apesar de ser um prato simplista e pouco apreciado, não conheço ninguém que não o tenha experimentando. Ainda bem que pelo menos não é recomendado em nenhum tipo de dieta, mesmo com a abundância da oferta. Na iminência de ter que experimentá-lo, sem ter outra opção, algumas mulheres ainda fazem uma última tentativa desesperada e o beijam. Infelizmente, parece que isso só deu certo com uma única mulher, e ela era uma princesa. Mas essa é uma outra história.
 

Amelia, Cocteau Twins

Who've been wounded
Who should wound her
Heart on the grasp
Who but who put on the heart

He, and me, along said we, but burn...
Hounded by the mask, but then...
Wounded on the grasp...