segunda-feira, 29 de junho de 2009

Experience


Durante toda a vida somos obrigados a fazer escolhas. Muitas. Várias vezes ao dia. Com que roupa eu vou trabalhar hoje? Qual caminho será que tem menos trânsito, pelo amor de Deus? Ligo para aquele amigo e tento resolver um mal entendido do passado? Peço um aumento de salário? Aceito aquele convite pra viajar no fim de semana? Vou jantar com aquela minha amiga e digo pra ela o que eu realmente sinto?
Todas as situações logo desencadeam outras que precisam de novas decisões e assim a vida vai sendo construida. E uma nova história vai sendo contada. A sua história. E podemos escolher no meio disso tudo viver algumas experiências terrenas. Experimentamos o amor. Correspondido ou não, difícil não sentir isso por alguém ao longo da vida. Então podemos namorar, terminar, casar, separar, namorar de novo, ter filhos, netos. Ou não. Mas tem a experiência derradeira e essa não nos deixa escolha. É a experiência final. Quando a luz se apaga e você é obrigado a sair de cena. E nesse momento não importa muito as escolhas que você fez na vida. Se foi feliz ou triste. Rico ou pobre. Amado ou solitário. Gentil ou rude. Bom ou mau. Absolutamente ninguém pode escapar. Não pensamos nisso. Não aceitamos isso. Nem queremos falar disso também. Mas tem algo de belo aí que nos redime e nos torna terrivelmente divinos. É uma contradição, já que não tem nada mais humano que essa experiência. As vezes é pensando neste dia que tomamos algumas decisões, que nos aliviamos de culpas, que enxergamos o dia de hoje com mais leveza, que deixamos pra lá o que não tem importância, que seguimos decididos a mudar o mundo agora. Hoje é dia de decidir o amanhã.

domingo, 28 de junho de 2009

Fonte

Quantas histórias de amor aquela pequena fonte já testemunhou, muitas talvez. Ela sempre esteve ali, inspirando acontecimentos. Sua tentativa maior como coadjuvante das cenas era sempre inspirar os amantes. Dizia a eles que tudo é como a água que corre ali e está se renovando eternamente. Que não há razão para pressa quando você tem mais certezas do que dúvidas. Mas sabia que os amantes nunca matariam sua sede, por mais que bebessem dela. Isso já era esperado. Isso diferenciava os que sabiam dos outros.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Espera

Um dia eu ouvi de uma pessoa que o conceito do computador sempre existiu. Mas que foi preciso chegar o momento exato em que a humanidade estaria pronta para ele. Eu adorei este pensamento. Que coisas estão aí ancestralmente esperando para se manifestar. Isso faz parte daquele mistério que nos cativa e nos dá a sensação de sermos menos humanos, mais divinos.
Nos dá a noção de que coisas grandiosas estão ao nosso alcance. Nos relacionamentos também pode ser assim, não temos consciência que estamos prontos para algumas coisas ou pessoas,
mas isso está em algum lugar, apenas esperando pelo momento certo de acontecer. Gostei desse paralelo. Tudo pode estar assim no universo, tudo está esperando por acontecer. Uma grande amizade, o amor da sua vida, um filho, um grande projeto, a viagem dos sonhos,não importa,
até o fim dessa nossa breve jornada tudo pode estar esperando pelo momento certo de acontecer. Nunca antes. Nem depois.

terça-feira, 23 de junho de 2009

little thoughts

Não é muito fácil enxergar poesia num mundo onde o que interessa na maioria das vezes é o óbvio. Quase tudo é tão escancarado, mas tão sem importância para quem está realmente buscando algo que dê um sentido maior para esta vida tão passageira. E é assim que, depois de um tempo, nos damos conta que são poucos os momentos marcantes em que você estava ali, descobrindo alguma coisa realmente nova. São poucas as pessoas que realmente acrescentam. Tanto que em algumas ocasiões é possível que alguns desses eventos sejam revividos em pensamento, servindo para nos dar força, para nos manter em pé. Servindo para que, não importa o que aconteça, a gente não se esqueça de quem é.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

amor ficção

Lembro da última vez que vi aquele rosto. O que mais me chamou a atenção foi que esse mesmo rosto causou em mim o mesmo impacto da primeira vez que eu o vi. E isso foi há muito tempo. Uns 10 anos, pelo menos. Existiam ali algumas rugas, novinhas. Seu cabelo desajeitado e com alguns frios brancos o deixavam ainda mais familiar. E tinha aquele olhar, que eu reconheceria em qualquer época. Em qualquer tempo. Senti um calafrio quando olhei diretamente em seus olhos. Uma força me impedia de desviar daquele olhar. Fiquei ali por algum tempo, nem sei quanto. Tentei disfarçar. Ensaiei um sorriso enquanto tentava entender meu estado. Tudo passando ao mesmo tempo na minha cabeça, num rápido flash back. E de repente a sensação de estar em casa de novo. De poder finalmente descansar, já que a busca havia terminado. Me dei conta que estava diante de algo grandioso, um sentimento que iria me acompanhar pelo resto da minha vida. Amor.

domingo, 14 de junho de 2009

anotações do caderninho rosa

Não importa em que época você nasceu. Nenhum outro sentimento define melhor o ser humano do que o amor. É ele que nos move, nem sempre na direção que esperamos. Mas uma coisa é certa: não existe amor sem esperança. E quem ama espera, sonha e realiza, nem que for internamente.
É um sentimento maior que qualquer vontade racional. De um tamanho difícil de suportar. O amor é dominante.